Os números das estimativas da safra 2016/17 foram divulgados no dia 9/03 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que prevê 222,9 milhões de t – um aumento de 19,5% ou 36,3 milhões de toneladas frente às 186,6 milhões de t do ano agrícola anterior – e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que estima um total de 224,2 milhões de t de cereais, leguminosas e oleaginosas que devem ser colhidas, sendo 93% de soja, milho e arroz.
Como se percebe, há uma pequena diferença nas estimativas dos dois órgãos federais de pesquisa sobre a safra brasileira por questões de metodologia. Confira abaixo.
Segundo a Conab, o crescimento se deve à recuperação da produtividade média das culturas, agora livres da influência das más condições climáticas da safra passada, e ao aumento de área. A previsão é de ampliação de 2,8% na área total em relação à safra anterior, podendo chegar a 60 milhões de hectares. Esse prognóstico de área inclui as culturas de segunda safra.
A soja projeta crescimento de 12,8% na produção, devendo atingir 107,6 milhões de toneladas, com aumento de 12,2 milhões de t em relação à safra anterior e ampliação de 1,9% na área, que deve chegar a 33,9 milhões de hectares.
Já o milho total deve alcançar 89 milhões de toneladas (33,7% superior á safra 2015/2016), com 29,3 milhões de toneladas para a primeira safra e 59,7 milhões para a segunda.
A área total do milho deve ser de 16,8 milhões de hectares (5,3% acima da safra anterior). Juntos, milho e soja representam quase 90% do total de grãos produzido no país.
A Conab vem apresentando, desde o último levantamento, estimativa desagregada de produção de arroz cultivado nos sistemas sequeiro e irrigado, além dos números da expansão da irrigação no Brasil e sua importância na safra de grãos.
A previsão total de arroz, neste 6º levantamento, é de 12 milhões de toneladas e aumento de 12,9% frente à safra anterior, com 1,2 milhão de t de sequeiro e 10,8 milhões de irrigado.
A produção do feijão primeira safra deve chegar a 1,38 milhão de toneladas, resultado 33,6% superior à safra passada. São 862,2 mil toneladas para o tipo carioca, 318,3 mil para o preto e 201,5 mil para o caupi.
Já o algodão pluma pode ter incremento de 11,9% e chegar a 1,44 milhão de toneladas, mesmo com uma redução de 3,1% na área cultivada. A preferência pelo cultivo de soja é o que ocasionou a redução de áreas do algodão e do arroz, o que não acontece com as demais culturas de primeira safra.
Mais informações: Conab
IBGE prevê safra maior
A safra brasileira de grãos deve crescer 21,8% em 2017, segundo estimativa de fevereiro divulgada hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total, 224,2 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas devem ser colhidas, sendo 93% de soja, milho e arroz.
A estimativa de produção para 2017, calculada em fevereiro, variou positivamente 1,3% em relação ao número de janeiro, que já apontava crescimento.
A área colhida também deve aumentar e superar 2016 em 5,7%, totalizando 60,3 milhões de hectares. Também neste dado, a estimativa de fevereiro supera a de janeiro em 0,8%.
Dos 26 produtos pesquisados pelo IBGE, 16 devem ter crescimento da safra e dez vão ter colheitas menores. Entre as produções que sobem estão a de mamona, cacau, cebola e algodão. Já entre as que caem estão a cana-de-açúcar, a cevada, a mandioca e o trigo.
Soja, milho e arroz
Principal grão do agronegócio brasileiro, a soja deve totalizar uma colheita de 108,4 milhões de toneladas, com um crescimento de 13,2% em relação a 2016. A área colhida deve aumentar 2,1%.
Segundo o IBGE, a produção de arroz tem sido beneficiada pelas condições climáticas nos principais estados produtores. A safra de arroz deve crescer 11,1% em relação a 2016 e a área colhida tem uma expansão prevista de 2%. O total da produção prevista é de 11,7 milhões de toneladas.
O milho deve registrar o maior crescimento da produção (39,6%), com uma área colhida 11,1% maior.
As 88,4 milhões de toneladas serão divididas em duas safras e está prevista para este ano uma maior produtividade da Região Sul na primeira safra e um aumento da participação do Centro-Oeste na segunda safra.
Mais informações: IBGE