Quem não se lembra na infância, juventude ou na idade madura de saborear este longevo refrigerante? Para marcar os 95 anos do seu aniversário, um pouco da sua história e sabor, a Guaraná Antarctica lançou o Livro de War’ná.
Com edição limitada, a publicação é composta por quatro fascículos que convidam o leitor a conhecer e sentir cada detalhe do fruto nativo da Amazônia, que é, obviamente, matéria-prima do refrigerante.
A ideia, segundo a marca, foi traduzir em design o mesmo cuidado artesanal que forma a base de produção da bebida: que desde o plantio da semente, até a colheita, passa pelas mãos dos agricultores da região de Maués, no coração da Amazônia.
“Com esse projeto levaremos ao público toda a cultura e o trabalho artesanal envolvido na produção de cada latinha do Guaraná Antarctica que os brasileiros já conhecem”, explica Diogo Dias, diretor de marketing da marca.
“Há anos desenvolvemos um trabalho de parceria com os produtores familiares na Amazônia que foi capaz de fomentar a economia da região, cuidar do meio ambiente e também preservar a história e a cultura do guaraná. É a história do guaraná e dessas pessoas que vamos contar neste livro” complementa.
Segundo Theo Rocha, diretor de criação da F/Nazca Saatchi & Saatchi, agência responsável criação da publicação “é impossível não se apaixonar pela história e pelo processo de produção. E precisávamos dividir essa experiência com todo mundo. O livro, produzido manualmente, recria de forma lúdica e visual a história do fruto, da Amazônia, dos maués, e das mãos que produzem o guaraná”.
Fonte: Adnews
Confira imagens do livro e o vídeo sobre a comemoração
Bem-vindo ao livro de Wara'ná. Um livro feito à mão, como a colheita do Guaraná em Maués, na Amazônia.
Posted by Guaraná Antarctica on Saturday, October 8, 2016
Conheça a trajetória de 95 anos do refrigerante
O Guaraná Antarctica foi lançado no mercado brasileiro em 1921, como Guaraná Champagne Antarctica.
Desde a criação do refrigerante, a Antarctica já comprava o fruto do guaraná diretamente de fornecedores da região de Maués (AM) para produzir o extrato em sua unidade em São Paulo.
Com o sucesso do produto e o aumento do consumo, a Antarctica detectou, no final da década de 1940, a necessidade de estabelecer uma filial da companhia na região, para facilitar o comércio do fruto, realizado diretamente em Maués.
Porém, o extrato do guaraná continuou sendo produzido em São Paulo até 1962, quando entrou em atividade uma unidade industrial para extração do fruto na cidade de Maués.
Estudo da cultura do guaraná
Mas foi no início da década de 70, com a preocupação de garantir a qualidade da matéria-prima, que a Antarctica passou a produzir parte dos frutos para produção do Guaraná Antarctica.
O início do plantio, em 1971, na Fazenda Santa Helena, permitiu à empresa aprofundar os estudos sobre a cultura do guaraná e repassar a tecnologia e os conhecimentos desenvolvidos no local para os demais fornecedores.
Assim, a Antarctica garantiria a melhor qualidade e preços menores das sementes compradas de terceiros.
A Fazenda Santa Helena é considerada um grande laboratório. O trabalho realizado na área é pioneiro e o guaraná, antes cultivado de forma extrativista pelos agricultores da região, passou a ser estudado.
Os primeiros pés do fruto foram plantados como a uva, com armações de madeira e arame, com base na observação de que a planta, no meio da floresta, se agarra e escala as árvores.
A importância do ecossistema
Mais tarde, verificou-se que o guaraná só tem este comportamento devido à sua necessidade de sol, que faz com que suba nas árvores para superar a sombra formada por elas.
A experiência demonstrou que, em ambiente aberto, o guaraná cresce naturalmente, sem necessidade de agarrar-se como as videiras.
Na fazenda da Antarctica, até hoje se estuda qual o melhor tipo de solo, de combate a pragas, de culturas paralelas, etc.
Foi também no local que se descobriu a importância do ecossistema original na reprodução do fruto. Por não ser hermafrodita, o guaraná depende de agentes externos para reproduzir-se.
É por essa razão que os 430 hectares de área cultivada da Fazenda Santa Helena estão distribuídos em 34 quadras dentro da mata nativa, promovendo o equilíbrio ecológico. A área total da fazenda é de 1.070 hectares.
Fonte: Univale
Mas por que Guaraná “Champagne” ?
A história da marca, criada pela Companhia Antarctica Paulista e hoje pertencente à AmBev, registra que o nome da bebida vinha do “agradável sabor, sem a adstringência e o amargor natural da fruta”.
Também ressalta que sua principal característica era ser um refrigerante natural, que se tornou padrão da categoria e líder absoluto do segmento.
Fora isso, as bolhinhas de gás carbônico e a coloração amarelada do Guaraná ainda contribuíam para lhe dar alguma semelhança ao Champagne, espumante francês produzido na região homônima.
Até os cartazes de propaganda da época ilustravam o Guaraná com uma embalagem parecida ao de Champagne, principalmente nos elementos do rótulo.
Em 2002 a AmBev, faz uma reformulação do nome da marca, que passa a se chamar “Guaraná Antarctica”, tornando-se o único refrigerante sabor guaraná da nova empresa. Atualmente, a bebida encontra-se entre as quinze marcas de refrigerantes mais vendidas no mundo.
Fala-se que até hoje a fórmula do Guaraná Antarctica é secreta, guardada a sete chaves.
Fonte: Blog Escrivinhos