A indústria nacional de produtos biológicos para agricultura vem crescendo a cada ano, embora ainda haja muito desconhecimento sobre os biodefensivos. O uso de controle biológico é feito para combater pragas e doenças das lavouras.
E o mais importante é que os biodefensivos são inofensivos para as pessoas, mas garantem lavouras sadias. A tecnologia avançou e já é utilizada em dez milhões de hectares (pouco ainda diante os 62,6 milhões de ha ocupados para a safra brasileira de grãos 2018/19).
A indústria de produtos biológicos faturou R$ 464,5 milhões (2018) , segundo a Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio). Um crescimento de 77% sobre os R$ 262,4 milhões obtidos em 2017. E em cinco anos, o número de biofábricas dobrou e já são 70 indústrias do tipo no país.
A expansão das vendas é a maior adoção desta tecnologia (agentes biológicos para controle de pragas e doenças) por agricultores.
Embora os biológicos ainda ocupem espaço ínfimo no universo dos produtos fitossanitários comercializados no Brasil, ou seja, o segmento de biodefensivos detém entre 1% e 2% do mercado de defensivos agroquímicos vendidos, mas têm crescido a taxas de 10% a 15% ao ano, segundo matéria da revista A Granja.
Mas o que são de fato os biodefensivos?
São produtos à base de fungos, bactérias e vírus que controlam doenças e pragas, assim como de insetos predadores, que combatem pragas.
O crescimento deste segmento chega a índices expressivos nos anos recentes (10 a 15%), tanto em adesão de agricultores como em lançamentos de produtos e atenção de empresas multinacionais de defensivos químicos, segundo a revista.
Segundo a ABCBio, os outros fatores de crescimento para a adoção de biológicos são a maior eficiência no controle de pragas e doenças e o aumento de lançamentos de produtos inovadores pelas empresas.
Lançamentos de produtos biológicos na AgroBrasília 2019
A 12ª AgroBrasília – Feira Internacional dos Cerrados, de 14 a 18 de maio.
Trata-se da maior feira de agropecuária do Centro-Oeste e uma das cinco maiores do país, com expectativa de movimentar R$ 1,5 bilhão em negócios e uma visitação ao redor de 120 mil pessoas passem pelo Parque Ivaldo Cenci, a cerca de 60 km de Brasília.
Dos quase quinhentos expositores nesta edição da mostra, destaca-se a Koppert Biological Systems que apresenta um portfólio completo de produtos biológicos para manejo integrado de pragas e doenças das principais culturas comerciais brasileiras.
Um deles, baculovirus Diplomata que a biofábrica apresenta na mostra, não é tóxico às plantas e sua ação ocorre somente em insetos, como a lagarta da foto que ataca diversas culturas. É seguro e, não apresenta nenhum risco para a saúde humana e não produz toxínas.
A estreia de novidades tecnológicas e o setor de insumos é um dos ramos que se destaca pela Koppert B.V. que apresenta algumas ferramentas para manejo e proteção de plantas.
Usam dois métodos de controle de pragas e doenças que recebem notoriedade por conta da forma natural de equilibrar o meio ambiente e desenvolver o manejo sustentável.
O estande da empresa conta com campos demonstrativos de soja, milho, trigo, feijão e braquiária, onde a atuação dos inseticidas, fungicidas e nematicidas biológicos será comprovada.
A afirmação é do gerente Centro Norte da Koppert, Luziário Luis da Fonseca. Também há apresentações do passo a passo da aplicação dos produtos. “Nossa intenção é ampliar o conhecimento sobre controle biológico e mostrar que o manejo integrado pode ser uma alternativa viável aos agroquímicos”, explica.
Sistema integrado de controle biológico para manejo de pragas e doenças
Dentre os produtos que serão apresentados durante a feira estão os macrobiológicos – Podisigub e Pretiobug, indicados para controle de insetos invasores; e os nematicidas, fungicidas e inseticidas microbiológicos como Trichodermil, Boveril, Metarril, Diplomata e Trianum.
O portfólio da Koppert dispõe ainda de inoculantes, que melhoram o desenvolvimento das plantas, e consequentemente, elevam a produtividade de culturas como soja e milho.
“Vamos demonstrar que o Sistema Integrado Koppert, que indica o uso agregado de nossos produtos, é tão ou mais eficiente que uma cesta de agroquímicos, mas com a vantagem de causar menos impacto para o meio ambiente, para os agricultores e para os consumidores finais”, salienta Fonseca.
Quem é a Koppert
A Koppert Biological Systems está presente no Brasil desde 2011, quando iniciou seus primeiros registros. Atualmente, conta com duas modernas instalações fabris: a unidade de microbiológicos, localizada na cidade de Piracicaba, e a de macrobiológicos na vizinha Charqueada, ambas no estado de São Paulo.
A empresa possui infraestrutura completa para atender à crescente demanda do mercado agrícola por defensivos biológicos, tornando a agricultura brasileira mais sustentável, saudável e em harmonia com a natureza.
Com processos produtivos padronizados, seguros e altamente tecnificados, garante confiabilidade e qualidade dos seus mais de 15 produtos. A empresa conta ainda com departamento próprio de Pesquisa & Desenvolvimento para aperfeiçoamento de tecnologias de controle biológico para a agricultura tropical.
Os produtos Koppert são certificados pela IBD, maior certificadora da América Latina, e estão presentes na maioria das regiões agrícolas do país, atendendo desde o pequeno ao grande produtor, em parceria com distribuidores regionais.
Mais informações sobre a empresa: Flávia Romanelli, Assessora de Comunicação, fone: (19) 99787-4720, flavia@elloagronegocio.com.br
O que é o controle biológico
O controle biológico nada mais é do que o uso de organismos vivos para suprimir a população de uma praga específica, tornando-a menos abundante ou menos danosa. O significado de “praga” no meio da agricultura é definido como qualquer espécie, linhagem ou biotipo de uma planta, animal ou agente patogênico, que cause danos para os vegetais ou animais.
A agricultura utiliza o controle biológico como uma forma de redução de uso de pesticidas químicos empregados no manejo integrado de pragas.
Fontes e outras informações:
AgroBrasília 2019
Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico
Revista A Granja
Biodefensivos – Unicamp