A Embrapa anunciou um software, batizado de “ARAquá”, que avalia os riscos da aplicação de defensivos químicos para a água. Com distribuição gratuita (acesse aqui), o programa avalia tanto corpos hídricos subterrâneos, entre eles os lençóis freáticos e aquíferos, como também os superficiais, como rios, córregos e lagos.
Um dos primeiros clientes e maiores usuários do ARAquá é o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). O órgão utiliza o sistema na avaliação de riscos ambientais de agroquímicos no processo de registro para uso e na reavaliação de produtos que já estão no mercado.
O programa trabalha com variáveis como condições do clima, propriedades do solo e situação do terreno. Com base em dados toxicológicos, a nova versão do ARAquá apresenta como resultado quocientes de risco para organismos aquáticos e consumo da água pela população.
“Não adianta ter água em abundância se ela não estiver potável. A qualidade da água é tão importante quanto a sua quantidade, nesse sentido essa ferramenta auxilia justamente na preservação dos corpos hídricos sem contaminação”, analisa o gerente geral da Embrapa Gestão Territorial, o pesquisador Claudio Spadotto, que concebeu o ARAquá.
A equipe agora trabalha no ARAquáGeo, uma versão que faz os cálculos com dados georreferenciados, apresentando os resultados em mapas. O desenvolvimento do ARAquá conta com parceria da Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp) e da Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec), ambas no município de Botucatu (SP).
Fonte: Agrolink