Abrigo antibomba da 2ª Guerra vira fazenda subterrânea em Londres

Quando se pensa em fazendas e plantações, vem à cabeça um imenso descampado, onde a vegetação receba a luz do sol e a água da chuva, não é mesmo?

Esse é o modo mais adequado para cultivar plantas e desta forma, garantir alimentos. Mas saiba que há um outro método que, inclusive, não é nada convencional e ainda desafiou muitos especialistas sobre sua viabilidade: uma enorme horta subterrânea.

O local em questão é um abrigo anti-bombas da 2ª Guerra Mundial situado a 33 metros abaixo das ruas de Londres. À época o grande túnel, que mais parece uma caverna gigante, foi projetado para comportar 8 mil pessoas, e com o fim da guerra, foi abandonado e permaneceu fechado durante 70 anos.

Foi então que os empresários Richard Ballard e Seteven Dring tiveram a ideia inovadora de transformar um ambiente obscuro na primeira fazenda subterrânea do mundo.

 

A produção de ervas e hortaliças não recebe luz solar e terra, economiza água, sendo inteiramente orgânica. Foto: Divulgação

 

A partir desse conceito, começaram a pensar como transformariam o lugar em condições ideais de plantio. Primeiramente, verificaram que poderiam cultivar algumas plantas em camas verticais, como vegetais folhosos menores e temperos.

Por conta da falta de luz natural, algumas precauções foram tomadas. Em pequenos terrenos suspensos há o controle computadorizado da luz artificial, da temperatura e da adubação, que precisa ser feita em quantidades certas.

A Growing Underground é a primeira fazenda urbana totalmente orgânica. Foto: Divulgação

A Growing Underground, nome que recebeu, consegue produzir sem necessidade de luz solar e com pouca água – 77% que as fazendas convencionais -, além de ser 100% orgânica, pois não utiliza nenhum tipo de pesticida ou agrotóxico.

Ou seja, trata-se de uma fazenda urbana onde as plantas crescem sem solo, sem a luz do sol e 33 metros abaixo das ruas de Londres.

Esse empreendimento  localizado num antigo abrigo antibomba da Segunda Guerra Mundial, na capital britânica, já rende os seus primeiros frutos – no caso, ervas e hortaliças.

“Usamos 77% menos água do que na agricultura convencional. Produzimos perto dos pontos de consumo: estamos a menos de 2 km da central de distribuição de Londres, que serve hotéis, restaurantes e o varejo da capital”, justifica Richard Ballard, da Growing Underground.

A fazenda tem um sistema para levar água às plantas e usa iluminação artificial.

“As lâmpadas de LED também produzem um calor que cria esse ambiente perfeito para cultivar certos tipos de plantas”, destaca Ballard.

O próximo estágio da empreitada será produzir pepinos e frutas do bosque, como morangos.

Assista Aqui o vídeo

Fonte: BBC

 

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